sábado, 7 de agosto de 2021

Virada brusca

Giovanni comemora o gol da virada
imagem: printscreen do GE

Cruzeiro levou duas viradas relâmpagos nesta temporada. Diante do América, na semifinal do Estadual, o time então comandado por Felipe Conceição tomou dois gols em quatro minutos. Nessa Série B, o CSA balançou a rede de Fábio duas vezes em dois minutos. Hoje (07/08), na vitória por 2 a 1 sobre o Brusque, em Santa Catarina, a equipe celeste - sob a batuta do 'pofexô' Vanderlei Luxemburgo - teve o gostinho de reverter o placar num piscar de olhos. 

No futebol se vai do céu ao inferno num instante. É um clichê que continua verdadeiro se o vice-versa for considerado. O cruzeirense neste sábado foi do desespero ao alívio em dois minutos. O Cruzeiro estava sendo derrotado até os 41 minutos do segundo tempo. Aos 43, a Raposa comemorava o gol que colocava o time à frente no placar por 2 a 1. Virada brusca.

Erros de arbirtragem colaboraram para o Brusque abrir o marcador. Marcelo Moreno sofreu falta dentro da área adversária, quando o jogo ainda estava zero a zero, mas o juizão não apitou. O gol do time catarinense saiu da cobrança de um pênalti mal marcado, segundo a comentarista de arbitragem da Globo/Sportv, Janette Arcanjo.

As substituições do 'pofexô'

Luxemburgo utilizou da formação 4-4-2, o seu favorito. Foi com essa construção tática que ele deu trabalho para o Flamengo de Jorge Jesus, naquele empate de 4 a 4, quando ele era treinador do Vasco em 2019. Dois volantes, Flávio e Ariel Cabral. Dois pontas, Bruno José e Wellington Nem. Totalizando quatro homens no meio. Moreno e Sóbis formaram a dupla de ataque. Cruzeiro foi mais perigoso que o adversário, faltava só a boa definição, o "último passe".

Contudo, quem fez o primeiro gol foi o Brusque, dando a entender que mais uma vez um filme horroroso se repetia diante do olhar dos cruzeirenses. O time celeste parecia melhor em campo, dava algum susto, porém quem fazia o gol era o oponente. Quantas vezes vimos isso acontecer nesse ano e no ano passado? Detalhe: treinadores faziam alterações equivocadas, o que piorava mais a situação. Dessa vez não foi assim. Luxemburgo foi perfeito nas substituições. Aos 18, entrou Giovanni no lugar de Flávio e Marcinho no lugar de Sóbis. Aos 27, Wellington Nem deu lugar a Felipe Augusto. E finalmente aos 41, Claudinho substituiu Bruno José. 

O gol de empate saiu aos 41. Claudinho, que havia acabado de entrar, cruzou para Felipe Augusto cabecear. Aos 43, Giovanni marcou um gol chutando de fora da área e contando com a colaboração do goleiro. Três jogadores que entraram no segundo tempo. Repito: Luxemburgo foi perfeito. Sua decisão tática definiu o jogo. O grande nome dessa vitória cruzeirense é ele. 

Há muito o que fazer ainda. Cruzeiro saiu da zona de rebaixamento, mas ainda está próximo dela - em 15º, com 16 pontos. Vem aí dois jogos consecutivos dentro de casa. 

Roni Pereira, jornalista de Salvador/BA

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